Big waves

Team Red Herrings participates in the first Cabo Raso Surf session

February 20, 2022
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Se a sessão no dia 17 de fevereiro, de surf inaugural das Cabo Raso Surf Sessions não correu exatamente como se previa, com ondas de tamanho abaixo do esperado, ficou pelo menos demonstrado tudo aquilo que o promotor do evento, o antigo tetracampeão nacional, Ruben Gonzalez, vem apregoando desde que fez do Cabo Raso, em Cascais, um dos seus sítios de eleição. Ali encontram-se ondas de excelente qualidade, com uma força acima da média e um enorme potencial de atração de público. A atração do público foi a mais evidente delas. Localizada numa curva da EN 247, que liga a vila de Cascais à praia do Guincho, era inevitável que qualquer movimentação naquela zona iria atrair curiosos. De facto, mesmo sem grande divulgação, algumas centenas de pessoas pararam junto ao farol situado em frente ao pico, e puderam testemunhar um espetáculo de surf apresentado por alguns dos melhores surfistas nacionais e convidados internacionais, que partilharam as longas e poderosas ondas com os ainda poucos frequentadores habituais do Cabo Raso.

O mar, esse, é que resolveu pregar uma partida a todos. Quando se esperavam ondas que atingissem até 4 metros de altura com condições limpas, de mar liso e sessões de tow-in surfing (onde os surfistas são rebocados para as ondas com a ajuda de motas de água), o que se viu foram ondas que chegaram no máximo aos 2,5 metros, com o vento a atrapalhar a sua melhor formação e uma sessão onde predominou o surf tradicional, com manobras de alta performance.

E alta performance foi o que se viu, com destaque para o apresentado pelo duas vezes campeão nacional, Miguel Blanco, pelos portugueses Guilherme Ribeiro, Francisco Laranjinha, Zé Champalimaud, Francisco Almeida e do ainda jovem Rafael Silva. Além destes, o havaiano radicado em Portugal, Kiron Jabour, evidenciou o seu surf de manobras poderosas e ataques contínuos à parede da onda, e também o antigo campeão nacional, João Guedes, o grande nome das ondas grandes em Portugal, João de Macedo, bem como o habitué Tomás Lacerda, marcaram a sua presença. E é preciso não esquecer as mulheres, pois Camila Cardoso e a maior big wave rider portuguesa, Joana Andrade, fizeram uma promissora estreia nas ondas do Cabo.

Por sua vez, Lourenço Katzenstein,Francisco Roque Pinho, Paulo Silva juntamente com o seu filho Rafael Silva estiveram a atuar, principalmente, nas motas de água, a fazer resgates e a treinar técnicas de tow-in surfing.

Desbravador e aficionado do Cabo Raso, o promotor das Cabo Raso Surf Sessions, Ruben Gonzalez, ficou satisfeito com a estreia, embora esperasse ondas maiores e mar mais liso. “Mesmo com toda a tecnologia de previsão de condições, ainda existe margem de erro”, afirmou. “Eu estava à espera de ondas maiores e menos vento, mas isso não aconteceu. O que se confirmou foi a direção da ondulação. Aí sim, todos puderam ver o potencial do sítio, pois tivemos ondas muito longas, com amplas secções de manobras e bastante segurança, o que permitiu, mesmo aos surfistas que se estavam a estrear aqui, fazerem boas performances, que irão contar para os prémios de onda de performance mais bem surfada e a melhor manobra isolada”, observou Ruben, fazendo referência aos prémios que serão atribuídos posteriormente à análise das sessões por um painel de especialistas que inclui juízes oficiais da Federação Portuguesa de Surf.

O que se perdeu em tamanho de ondulação, porém, ganhou-se em diversidade de abordagem de ondas. “Acabou por ser uma sessão muito “Pudemos ver surf de pranchas grandes, de mini- guns e step-ups, e até algumas ondas em tow-in, evidenciando as diferenças entre cada uma.

Ao longo de quatro horas e meia, todos puderam sentir o power e força destas ondas”, congratulou-se Ruben.

Ao final de tudo, teve lugar ainda um churrasco para participantes e convidados, que confraternizaram nos rochedos à frente das ondas, com o Farol do Cabo Raso e a Serra de Sintra à distância, formando um enquadramento idílico onde as belezas naturais da região a foram enaltecidas por todos. Nesse sentido, é também importante destacar uma ação de limpeza das rochas, promovida pelo grupo ambiental Movimento Claro (@movimento_claro, movimentoclaro.org) que

decorreu ao longo da sessão, incentivando o público e os surfistas presentes a recolherem o máximo de lixo que encontrassem numa zona que muito exposta tanto aos detritos que vêm do mar, como ao descuido das pessoas que por ali passam diariamente.

Resta agora esperar pela próxima conjugação entre ondulação e condições climatéricas para dar a chamada para as próximas Cabo Raso Surf Sessions. Segundo as previsões, tal poderá acontecer já na próxima semana, uma vez que se prevê uma entrada de uma grande ondulação de sábado a oito dias, portanto a 26 do corrente mês de Fevereiro. “O objetivo é fazer mais uma sessão de surf performance com ondas de dimensões similares as desta sessão, mas mais perfeitas, e outras duas sessões, em tow-in e remada, aí sim já com ondas bastante grandes, vento off-shore e ondulação a marcar 3.2 m para cima”, informa o promotor das sessões, que aconselha a todos os que quiserem assistir ao espetáculo ao vivo, a seguirem a conta de Instagram @Onda_do_Cabo_Raso, onde podem ficar a par de tudo o que se passa neste recanto muito especial da costa portuguesa.

As Cabo Raso Surf Sessions só são possíveis com os patrocínios da Copimática, The Base Surf Store, Picture Organic Clothing, Funbox Eco Life Style Brand , Malacopa Taco Bar, além dos apoios dos parceiros Hotel The Oitavos e Federação Portuguesa de surf, bem como dos media partners FUEL TV, Beachcam.pt e RTP - Rádio Televisão Portuguesa.

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